terça-feira, 14 de junho de 2011

Entrevista comigo (Minha Casa Minha Vida evitando a falta de posts)

Olá, meus amores!

A falta de posts é sintoma da falta de novidades. Mas como não queria deixar o blog tanto tempo no vácuo, fiquei imaginando o que meus zilhares de fãs (cof!, cof!) gostariam de me perguntar se tivessem oportunidade.
Assim, coloquei meus talentos e minha insanidade à disposição dessa gente bronzeada que só espera que eu revele meus sonhos mais profundos na próxima edição da Caras

Nesta entrevista feita por mim mesma à minha pessoa, me neguei a falar sobre minha vida amorosa. Restringi as perguntas aos assuntos referentes a compra da casa própria e ao escandaloso endividamento que se seguiu à assinatura do contrato. Acompanhe parte da entrevista:

A dona da casa - Comprar uma casa era um sonho antigo?
A dona da casa - Na verdade, não. E a compra foi um golpe de sorte. Fui a um feirão para investigar as condições para a construção da casa para a minha mãe e apareceu a oportunidade para comprar um apartamento pelo Minha Casa, Minha Vida na zona central da cidade. Achei bom e aproveitei.


A dona da casa - A senhora recomenda o Minha Casa, Minha Vida?
A dona da casa - Muito. Não teria comprado imóvel ainda sem ele. Nos outros financiamentos você tem de juntar 20%, 30%, 40% do valor do bem para dar de entrada. O Minha Casa, Minha Vida, mesmo com pouco FGTS você já tem condições de comprar. As regras mudaram recentemente mas, quando comprei, houve quem financiasse 100% do valor do imóvel. Coisa de pai pra filho, mesmo.

A dona da casa - Qual o lado negativo?
A dona da casa - Deve haver vários. Mas, para mim (e para os futuros condômínos do meu prédio) é a postura da construtora. Eles acham que pelo fato de serem prédios populares, temos de aceitar serviço ruim. Como não temos aceitado, têm havido muito bate-boca e irritação.

A dona da casa - O que são prédios populares?
A dona da casa - Dá para imaginar que a qualidade de material empregado em um apartamento de R$ 80 mil e um de R$ 150 mil seja diferente, certo? Pois é. As construtoras que trabalham pelo Minha Casa têm de cortar custos. Assim, geralmente os prédios não são feitos de tijolos, mas de blocos (alvenaria estrutural), o piso não é assentado sobre o contrapiso, mas sobre a laje, as paredes não recebem reboco com areia fina, ficando com aspecto texturizado após receber pintura, etc. 

A dona da casa - Qual o problema disso?
A dona da casa - Nenhum, se o trabalho for bem feito. No meu condômínio, lajes tortas resultaram em pisos tortos que estão sendo refeitos e resultando em demora na entrega dos apartamentos. Também há benfeitorias que não vêm no conjunto, como elevador ou cobertura para as vagas no estacionamento que teria de ser paga por nós.

A dona da casa - Teria?
A dona da casa - Está dando bafafá, já, e nem nos mudamos. Superorganizados, parte dos moradores se reúne há meses. Parte nem tchuns. A parte que se reunia, definia compra de porteiro eletrônico, cerca eletrônica, grade e, a maioria, queria fazer a cobertura da garagem - que só sai se todos os moradores quiserem, porque é uma coisa contínua, sei lá. Pois agora, a parte que nem tchuns apareceu e diz que não quer cobertura nenhuma e tá rolando uma briga por e-mail entre as partes.

A dona da casa - E de que parte a senhora faz parte?
A dona da casa - Da parte que não tem dinheiro para a cobertura e que nem carro tem. Huáááááá (risada maligna). Mas, honestamente, eu ia pagar a cobertura porque entendo que valoriza o imóvel e parará. Mas agora, tenho outros planos para o dinheiro que eu não tenho.

A dona da casa - Quais?
A dona da casa - Comprar o boxe do banheiro, as grades das janelas, uma mesa de jantar. Tantas coisas. Deixa comigo.

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