segunda-feira, 14 de maio de 2012

Adoro vocês. Mesmo!

Eu não pintava aqui desde novembro. Mentira. Vim aqui algumas vezes, olhei, olhei e pensei: mas escrever o quê?

E não escrevi.

Sabe o que rola? Passei muitos meses esperando a construtora-que-não-deve-ser-nomeada entregar o apartamento. A casinha seria popular, sem massa corrida nas paredes, sem rodapés, sem assoalho de taco ou porcelanato, que eu achava lindo nas revistas. Comecei a sonhar.

Me convenci que faria reformas, juntei dinheiro, comprei eletrodomésticos de forma planejada, investi em panelas parecidas com as dos meus sonhos e prometi a mim mesma que, no futuro, comeria em pratos de porcelana com talheres de prata.


Também acabei enfiando na minha própria cabeça que eu costumizaria alguns itens velhos, iria aprender a costurar e me tornaria uma gourmet.

E o que aconteceu quando me mudei? O dinheiro acabou mais rápido do que eu previa, as reformas ficaram de lado, outros investimentos ficaram pra trás, não costumizei nada e sigo sem pregar um botão. Sei cozinhar, e isso é um bônus.

Mas o que me faz diferente de uma dona de casa comum? Por que eu faria um blog sobre o quase nada que sei? E esfriei a vontade de ter um blog.

Ultimamente, me deu uma vontade danada de escrever. E sabe o que gerou isso? Dois ou três comentários de pessoas que nunca vi na vida dizendo que gostaram do blog (sim, eu preciso de elogios para me autoafirmar... rs).Sério, amei!

Então, talvez, eu volte aqui mais vezes para contar que nada sei, mas que se o universo fosse perfeito, eu aprenderia/compraria/investiria/venderia/cozinharia. E das coisas do dia a dia que me deixam acima ou abaixo da linha da mediocridade. 

Porque, sério, o sonho da casa perfeita acabou.
Mas ainda sobraram os carnês.

Beijo!


domingo, 13 de novembro de 2011

Valha-nos Nossa Senhora Medianeira*



Muita gente pode achar graça do que vou contar. Se achar, paciência.

Sou devota de Nossa Senhora da Medianeira.

Há cinco anos, sempre vou à Romaria - ou a trabalho, ou como romeira. Mas vou.
E olha que nem sou católica.

Essa relação com Nossa Senhora começou quando eu tava tentando me recuperar de um furacão que passou na minha vida, destruindo quase tudo. Vou contar essa historinha primeiro.

No final de 2002, num período de uns quatro meses, perdi emprego, casa, namorado, uma das melhores amigas, uma montanha de dinheiro e até o bichinho de estimação tive de dar.

Voltei para Santa Maria, em 2003, com uma mão na frente e a outra atrás. Deixei os móveis que não vendi na casa de um amigo e fui morar na casa da minha mãe. Dormia no quarto do meu sobrinho e guardava as roupas dentro de uma calçadeira velha da minha tia. Um amigo muito querido, o Cristian, conseguiu que eu trabalhasse no caixa de uma boate uma vez por semana, pra eu ter uns trocados e não ter de pedir o dinheiro do cigarro pra mãe. Uma merda.

Três meses depois, consegui frila no jornal. Trabalhei por um ano e meio só pra pagar as dívidas que tinha - e as dívidas que a amiga que "perdi" havia feito em meu nome (nunca emprestem cheques, amiguinhos).

Foi então que, em novembro de 2004, já contratada pelo jornal, com todas as contas pagas e com o nome sujo por conta de apenas um cheque de R$ 30 - em mãos de uma firma falida - me vi na cobertura da Romaria Estadual da Medianeira.

Começamos a trabalhar às 7h. Minha missão era fazer entrevistas no Parque da Medianeira. Desde cedo, estava muito calor. Mas não achei o trabalho aborrecido, porque a cada entrevista eu conhecia uma história mais bonita de fé. O "milagrezinho" de cada dia, a grande graça e, sobretudo, muita esperança.

Sei que, em dado momento, eu estava no altar monumento e a imagem de Nossa Senhora estava chegando. O sol ardia, não havia sombra, e eu resolvi me agachar num cantinho (até pra evitar aparecer toda suada nas imagens de TV). Quando eu vi, colocaram a imagem da santa no meu lado.

Quando me dei por conta, notei que, sem querer, estava ajoelhada aos pés de Nossa Senhora. Olhei para a imagem e senti um cansaço tremendo. E chorei.

Fazia tempo que eu não rezava, e achava que não estava ali pra isso, mas aproveitei pra mentalizar: "A Senhora sabe do que eu preciso. Me ajude, por favor".

Sequei as lágrimas, levantei e segui meu trabalho.

E agora vem o meu milagrezinho.

Meu "encontro" com Nossa Senhora foi no dia 14 de novembro. No dia 3 de dezembro eu estava com o nome limpo, me mudando para um apartamento alugado no meu nome. Falei que meu nome estava LIMPO?

O cheque desaparecido há um ano e meio surgiu do NADA.

Vai soar clichê, mas me convenci de que não há advogada melhor do que Nossa Senhora.

E, desde então, anualmente, no segundo domingo de novembro, faço aquele trajeto a pé, com milhares de romeiros, como prova de gratidão e de humildade.

E, mesmo se um dia eu não morar mais em Santa Maria, vou me esforçar para vir aqui, orar para os meus, e, de novo, erguer os olhos para Ela e dizer: "A Senhora sabe do que eu preciso. Por favor, me ajude."
*Post publicado em novembro de 2009 no blog www.pyleque.blogspot.com

domingo, 6 de novembro de 2011

É isso

Meu computador estragou.
Minha máquina de lavar também.
Minha irmã segue dodói no hospital.

Mas não foi por isso que não postei nas últimas semanas. Não escrevi nada porque ando sofrendo daquelas leseiras da vida, que deixam a gente meio morta-viva, se arrastando, se perguntando o motivo de certas coisas.

Enfim, ando meio deprê. Até minha casa sofreu.
Teve um dia que eu pensei: "Preciso passar um paninho nesse chão... Ai, mas isso cansa. Cansa, não, dói". E, de repente, minha casa tão amada estava uma zona.

Acabou que dei um sacode em mim mesma um dia e fiz um dia de limpeza a jato. Na verdade, foi um basicão, mas tornou o ambiente mais agradável. Depois, criei um calendário de pequenas limpezas diárias (baseado no FlyLadies, vocês conhecem?) só para me distrair.

Inclui no calendário cuidados comigo. Dia de lixar as unhas (as minhas estavam um lixo, bem pior do que a casa), dia de exfoliar o rosto. Todos os dias são dias de tirar a maquiagem e passar creme nos pés. tenho lido bastante e assistido a filmes. Distração nesta fase é fundamental, acho.

Bem, gurias. Esse post está longo e meio melancólico, mas o fato é que estou tentando voltar à minha rotina normal. Meio a 10 km/h, mas voltando. De novo.

Beijos

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Eu tinha vontade de comer foie gras...

Não tenho mais.
Vi no Pitadinha esse vídeo, sobre as condições cruéis de criação e abate de patos e gansos para a obtenção de fígado gordo. Não dá para compactuar com isso só pra comer patê.


Mangez Buvez Gavez / It's not Food! from David Myriam on Vimeo.

domingo, 23 de outubro de 2011

Das decepções culinárias

Pois que ontem eu acordei me sentindo uma chef. 
E assim, resolvi preparar um prato francês, meus amores - Frango au Cordon Bleu.
O que esse projeto fez por mim? Me colocou de volta no meu lugar. Vou ter de cozinhar muito arroz com feijão pra fazer essa receita direitinho.

Mas eu sou brasileira, não desisto nunca!
A receita, que peguei do blog Brincando na Cozinha, é essa:

Para duas pessoas:
- 1 peito de frango grande desossado
- Sal e pimenta para temperar
- Mostarda dijon
- 2 fatias de presunto
- Queijo brie, cortado em fatias (usei muçarela mesmo)
- Manjericão (não usei)
- 3 fatias de pão de forma batido no processador (usei um pão francês)
- 2 colheres de amêndoas em lâminas (devem ser adicionadas ao pão e ligeiramente batidas)
- 2ovos
- Farinha de trigo para empanar.
- Óleo para fritar

Modo de fazer:
- Corte os frangos em filé grossos e depois corte ao meio, quase separando. Dica: não deixe muito grossos, pois tive que colocar uns minutinhos no formo após fritar...
- Em seguida, tempere com a mostarda dijon, sal e pimenta a gosto
- Recheie os filés com 1 fatia de presunto, duas fatias do queijo e folhinhas de manjericão. eu fechei com palitinhos (se houver necessidade) devem ser retirados após a fritura
- Passe os filés recheados na farinha, em seguida nos ovos batidos com uma pitada de sal e no farelo da casca de pão com amêndoas
- Frite em uma cama de óleo em fogo bem baixo até dourar, vire do outro lado e repita o processo
- Escorra em papel toalha e sirva em seguida
 
Se der certo, fica assim:
 
 
Ou assim:


O meu ficou parecido com isso. Porém:

1) Não coloquei duas fatias de muçarela, coloquei uma. E a muçarela não fica uma baba de queijo, como o brie. Fica um chiclete. Então, esse efeito maravilhoso vai ficar para a próxima
2) A receita dizia para colocar duas colheres de amêndoas em lâminas. Eu coloquei inteiras. O sabor ficou muito intenso
3) Eu deixei o frango numa marinada com temperos. Com queijo, presunto, amêndoas, farinha, pão, ovo etc, eu achei que o sabor ficou bem confuso
4) Com medo que o frango ficasse cru, fritei um pouco demais e o frango ficou seco
 
Ou seja: valeu a tentativa, mas ficou ruim.
 
Pelo menos acertei na sobremesa. Um pudim, simples e verdadeiro.
Imagina se eu fizesse petit gateu? Mas está nas minhas contas...



sábado, 22 de outubro de 2011

Idéias para festas de fim de ano

Olha que ideia boa para quem vai fazer festas noturnas ao ar livre - ainda mais que estamos no fim de ano. Sua garrafa usada pode se transformar numa tocha. 
Basta inserir um pavio no centro da rolha, colocar querosene num recipiente e prender num suporte (à venda nas ferragens).


Passo-a-passo aqui.


Quem deu a dica foi meu amigo Dulcymar, no Facebook. :)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Comida de gordo dodói

Esses dias, tive uma espécie de intoxicação alimentar (ô, coisa boa!).
Não podia comer nada que não parava no estômago (sem falar no resto... hihihi).


As refeições desses dias incluiram água, bolacha água e sal (pouco, porque podia ser perigoso) e gelatina. Como comprei gelatina aos montes, no fim, decidi me arriscar a fazer uma mousse de morango pela primeira vez.


A receita é bocó, como diz a Gláucia, do Quitandoca. Mas como era a primeira vez, fiz até fotos.
Na verdade, fiz as fotos tarde, já tava praticamente tudo pronto para ir à geladeira quando lembrei de fotografar. Pra piorar, as fotos ficaram péssimas. 


Sou muito amadora, mesmo. Cês perdoam?
Mas, taí: agora sei fazer três doces: pudim, mousse de maracujá e mousse de morango - comidinha pra gordo dodói.


Os ingredientes:

(que lixo de foto, jizuis!)

- 1 lata de leite condensado
- 1 lata de creme de leite
- 300 gramas de morangos (bem lavados e picados - sem cabinho, por favor)
- Suco de 1/2 limão
- Gelatina de morango

(foco, cadê?)
O preparo
- Faça a gelatina conforme as instruções da embalagem


(Oi, Philips/Walita! Me patrocina?)

- Jogue o creme de leite, o leite condensado, os morangos e o suco de limão no liquidificador e bata até ficar um creme homogêneo. Junte a gelatina e bata para misturar. Coloque em um recipiente grande ou em forminhas e leve à geladeira por umas 2 horas.



A foto não ficou boa, mas o doce sim. Minha irmã (que está dodói de verdade) e minha mãe aprovaram.
Ponto para as meninas! :)